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quarta-feira, janeiro 26, 2005

Helpfull IV

No imenso vazio dos meus olhos,
foi-se a chama da alvorada.
Ressurge agora no teu olhar,
que procuro sem cessar.

Com um arrepio glaciar, anseio o teu regressar.
Mas vens longe, algures em alto mar.

Que procuro afinal no teu olhar?
Um ameno despertar?
A paixão que anseio em mim ancorar?

Não retardes. Vem-me salvar,
guiada pelo luar.
Estou aqui, prisioneiro do meu penar...
Espero o dia em que o teu olhar me dê asas para voar,
e possa eu no teu corpo me abandonar.


(Tiago R. Pinto)